América quer psicólogo do Flamengo emprestado
Martha Esteves
O técnico do América, Gaúcho, espera mesmo é livrar o clube da onda de azar e do rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Carioca. Preocupado com a pressão psicológica em cima dos jogadores, o comandante pediu ajuda ao Flamengo: quer emprestado o psicólogo Paulo Ribeiro para fazer um atendimento de emergência ao grupo americano.
Enquanto espera autorização da diretoria da equipe rubro-negra, Gaúcho, 55 anos, promete tentar fazer de tudo para dar mais leveza aos jogadores. No treinamento de hoje, na praia da Barra da Tijuca, vai pedir aos jogadores que tomem um banho de mar para afastar a energia negativa.
"Nessa hora, vale tudo. Um banho de mar vai ser bom para tirar a 'ziquizira' do time. Em 45 anos dentro do futebol, nunca vi nada igual ao desastre de gols perdidos contra o Mesquita. Um absurdo", esbravejou Gaúcho.
O América, com apenas seis pontos, não depende apenas de si mesmo: além da obrigação de vencer o Friburguense (7), em Friburgo, vai ter de torcer pelos tropeços de Mesquita (9), que enfrenta o Duque de Caxias (16), e do Cardoso Moreira (9), rival do Resende (16).
"Meu consolo é que Resende e Caxias vão partir para cima, porque lutam por uma vaga no Brasileiro da Série C, e precisam terminar o Estadual com pelo menos 19 pontos. Mas a gente tem de fazer nosso papel também", entende.
Mesmo sabendo que a temida queda seria conseqüência de uma lista de erros cometidos dentro do clube, Gaúcho, que é o quarto técnico do América neste Estadual, teme que sua carreira fique manchada.
"Cheguei na quinta rodada da Taça Guanabara, quando a coisa estava muito feia. Os oito jogadores que chegaram são bons, mas pouco experientes. A queda vai ser ruim para todos: torcida, clube, jogadores e, principalmente para mim".
"Vai ser um inferno ver esse clube tão querido cair para a segunda divisão. Não merecemos isso", lamenta o treinador.
O Dia